Você tem o seu negócio formatado, já produziu seu plano de negócios, mas precisa de dinheiro para abrir as portas da sua empresa. Afinal, há uma série de gastos a serem feitos para que o empreendimento possa sair do papel e começar a operar. Mas como fazer um empréstimo para abrir uma empresa?
Toda empresa precisa de um capital social para iniciar suas atividades, seja ela do ramo e do tamanho que for. No princípio são apenas gastos e mais gastos, até que o negócio comece a faturar e gerar lucro. Conseguir um empréstimo é a solução para os empreendedores que não têm capital próprio para iniciar o negócio.
Neste conteúdo, o Gerando Empreendedores explica como levantar essa soma inicial. Mostra o caminho para conseguir um empréstimo, quais são as possibilidades e dá dicas para que você consiga esse dinheiro da melhor forma possível. Leia este texto integralmente e saiba tudo sobre como conseguir um empréstimo para abrir uma empresa.
Plano de negócios: o 1º passo
Quando planejamos, nos preparamos para aquela determinada situação e, dessa forma, conseguimos prever riscos, erros e as soluções para que isso não aconteça. Em um plano de negócios o empreendedor irá pensar em absolutamente tudo sobre o negócio, do nome da empresa à definição de seus produtos e serviços, planos de marketing, estudo da concorrência, recursos humanos e o ponto-de-venda, entre tantas outras questões.
Há no plano de negócios um ponto que converge especificamente para a questão do empréstimo para abrir uma empresa. Trata-se dos investimentos que deverão ser feitos para o negócio começar a funcionar, até o momento em que o faturamento for uma realidade. Quanto preciso para abrir minha empresa e mantê-la ativa por dois ou três meses, até contabilizar lucro?
Empréstimo para abrir empresa: quanto você precisa?
Não há dúvidas de que se planejar é fundamental, e essa atitude precisa acompanhar o empreendedor em toda a sua vida empresarial. Um planejamento bem feito minimiza as possibilidades de erros e inconsistências em qualquer projeto e oferece um norte a seguir. Quando pensamos em pedir um empréstimo para abrir uma empresa, precisamos definir um valor que cubra todos os gastos necessários para a empreitada.
Não é uma missão das mais simples, mas é fundamental avaliar muito bem o quanto vamos pedir emprestado. Afinal, vamos pagar juros sobre aquele montante, não é verdade? Não podemos minimizar essa quantia, de forma que não cubra os gastos, mas também devemos evitar o exagero, pois aquele dinheiro tem um custo alto.
No plano de negócios vamos listar tudo o que precisamos para abrir as portas do novo negócio, como a compra de computadores, uniformes e mobiliário, entre outros, além de separar um valor determinado para manter o negócio em funcionamento até a chegada do cliente. Portanto, é preciso prever uma quantia que cubra tudo isso – dos gastos inicias à manutenção do empreendimento por dois ou três meses.
Os principais tipos de empréstimos para abrir um negócio
- Cheque especial da empresa: É absolutamente fácil de acessar e muito difícil de pagar. Afinal, se trata dos juros mais caros do mercado, e é bom você saber que o Brasil é um dos campeões mundiais na alta dos juros. Serve para cobrir emergências cotidianas.
- Empréstimo pessoal: É feito em seu nome, mas em geral o valor não é muito alto e, por isso, talvez não seja o ideal para o seu negócio. É possível conseguir taxas de juros menores quando oferecemos garantias como um imóvel ou um automóvel. Muitas vezes, é possível fazer planos de até 48 prestações, o que alivia o pagamento mensal.
- Capital de giro: O banco lhe oferece um determinado valor para funcionar como capital de giro, ou seja, justamente para as despesas inicias da empresa. É restrito a empresas e tem taxas de juros menores. Um bom relacionamento com o banco pode garantir taxas mais vantajosas.
- Cartão BNDES ( Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social): Tem condições mais favoráveis e existe justamente para apoiar empresas, mas é restrito a compra de determinados bens. O pagamento é feito em até 48 vezes.
- Microcrédito: É voltado para microempreendedores, permitindo a legalização de suas atividades empresariais. Os juros são baixos e o pagamento é dividido em até 24 prestações. Pessoas jurídicas e físicas podem solicitá-lo, no entanto o banco fará uma boa pesquisa para se certificar de que o dinheiro será utilizado no negócio.
Investidor-anjo pode ser a solução
A figura do investidor-anjo é uma tendência de mercado cada vez mais forte e muito comum no nicho da tecnologia, onde um investidor aporta uma determinada soma em uma empresa em troca de uma parcela dos lucros por um determinado período.
É um investimento, não uma sociedade. A atuação do investidor-anjo é regulamentada pela Lei Complementar 155/2016 que define, entre outros itens, a possibilidade de se investir entre R$ 50 mil e R$ 600 mil em microempresas e empresas de pequeno porte, com possibilidade de retorno financeiro de até 50% dos lucros por até cinco anos. A lei deixa claro que o investidor não se torna um sócio da empresa.
No site Anjos do Brasil é possível encontrar um anjo-investidor para sua empresa. Não é uma tarefa das mais fáceis convencer alguém a investir no seu negócio, mas é perfeitamente possível e os resultados podem ser excelentes para o empreendedor e o investidor.
Um financiamento coletivo é possível?
Há um jeito novo e legal de se conseguir dinheiro sem custo algum para a realização de projetos pessoais e coletivos. O crowdfunding, mais conhecido como vaquinha virtual, é um financiamento coletivo, por meio de sites, onde as pessoas colaboraram com alguma soma para que um determinado projeto aconteça.
Essa modalidade é muito utilizada na área da cultura, para lançamento de livros e montagem de peças teatrais, por exemplo. Muitas pessoas se valem dela para projetos e questões pessoais, como a compra de uma cadeira de rodas ou o pagamento de uma determinada cirurgia.
Conforme as pessoas colaboram, recebem brindes por isso. Um escritor determina uma quantia a conquistar, ou seja, uma meta, e cada apoiador que entrar com certo valor receberá seu livro. Não é tão comum assim, mas há vários cases de sucesso de pequenos empreendedores que conseguiram abrir seu negócio a partir de um crowdfunding.
Vale pontuar que não se trata de um empréstimo. As pessoas simplesmente doam o dinheiro pelo sentimento de solidariedade. Por isso, é preciso apresentar um projeto de financiamento consistente e com argumentos que sustentem o pedido. Há vários sites na internet que promovem as vaquinhas online.
Sociedade: vale a pena ter um sócio?
Outra possibilidade de abrir um negócio sem dinheiro no bolso para investir na nova empresa é buscar um ou mais sócios. Você tem uma ideia, identificou uma excelente oportunidade de negócio, mas precisa de alguém para investir nisso: um investidor pode entrar com esse dinheiro e se tornar seu sócio no empreendimento.
Nem todo mundo se dá bem com uma sociedade, que funciona como um casamento. Todas as decisões empresariais deverão ser compartilhadas, e nem sempre as pessoas pensam da mesma forma. Dependendo da relação estabelecida pelas pessoas, uma sociedade pode provocar muitos conflitos, prejudicando o próprio negócio.
Mas buscar um sócio também pode simplesmente viabilizar a empresa. Cada sócio terá uma determinada participação na sociedade, e seus lucros serão proporcionais a essa conta. Digamos que sejam necessários R$ 80 mil reais para abrir sua sonhada pizzaria, mas você só dispõe de R$ 24 mil. Um sócio poderá entrar com os demais R$ 56 mil, ficando com 70% do negócio.
Como já dissemos, a sociedade é como um casamento. Enquanto o negócio perdurar, os sócios vão interagir e decidir inúmeras questões pertinentes ao empreendimento, e isso vai acontecer cotidianamente! É preciso ter sintonia, objetivos comuns, ser transparente e saber lidar com as diferenças. Todo empreendedor deve avaliar muito bem antes de se decidir pela sociedade.
Dicas para solicitar um empréstimo
- Antes de tudo é fundamental ter uma noção bem real do valor do financiamento. Não se deve solicitar nem menos nem mais já que ambas as possibilidades trazem problemas. Um plano de negócios vai te orientar nesse sentido.
- Ao solicitar um empréstimo, pergunte qual é o seu custo efetivo total (CET), ou seja, o verdadeiro custo daquele dinheiro. Os bancos e instituições financeiras são obrigados a dar tal informação.
- Se você fizer um empréstimo em nome de sua pessoa física poderá ser negativado caso não cumpra com suas obrigações financeiras. Bens pessoais poderão ser tomados. No entanto, máquinas e bens da empresa não são ameaçados.
- Em geral, o montante disponível do financiamento empresarial é maior do que do financiamento pessoal. Se você precisa de uma alta soma, talvez consiga apenas por meio de um empréstimo para a pessoa jurídica.
- Pesquise muito antes de tomar o financiamento. Uma diferença do CET, por menor que seja, pode fazer toda a diferença. Lembre-se de que esse dinheiro emprestado tem um custo, e que esse custo vai pesar no seu bolso por um determinado tempo até o financiamento ser plenamente quitado.
- Faça um planejamento financeiro antes de pegar dinheiro emprestado. Simule cenários, veja o quanto aquela prestação pesará mensalmente e esteja seguro de que poderá cumprir com suas obrigações. Converse com seu contador sobre isso.
- Especialistas recomendam que o custo do empréstimo não fique além dos 20% da sua renda anual. Faça essa conta.
- Planeje-se! Você pode começar a empresa com menos recursos, maquinários e mobiliário, aumentando-os assim que o negócio começar a render frutos.
Documentos necessários
Cada instituição tem sua lista de documentos necessários para a operação, mas em geral você precisará:
- Pessoa física: Identidade; CPF e comprovantes de residência e de rendimentos.
- Pessoa jurídica: Contrato social, CNPJ e um plano de negócios.
Você precisará de um contador. O Gerando Empreendedores pode te ajudar
Toda empresa precisa contar com os serviços de um contador, segundo determina a legislação. Apenas uma microempresa individual (MEI) está isenta dessa obrigatoriedade, mas ainda assim pode se beneficiar muito da atividade contábil. Também é preciso do contador para legalizar a empresa, já que são muitas as etapas burocráticas a cumprir e é preciso definir uma série de questões que envolvem a natureza jurídica e o regime tributário do empreendimento, entre outras.
Um contador especializado também poderá ajudar na questão do empréstimo para abrir uma empresa. Na contabilidade consultiva, o papel desse profissional é assessorar o empresário em toda a gestão de sua empresa, funcionando como uma espécie de conselheiro, oferecendo informações relevantes que possam contribuir decisivamente na tomada de decisões gerenciais.
O Gerando Empreendedores é especialista em empreendedorismo em sua totalidade. Oferecemos assessoria empresarial, contábil, financeira, tributária e fiscal, além de Coach e treinamentos diversos, para ajudar o seu negócio a trilhar o rumo do sucesso. Estamos prontos para lhe apoiar e encontrar a solução que precisa para a sua empresa.
Fale com um de nossos especialistas agora! Temos certeza de que podemos te ajudar em todas as suas necessidades empresariais.