Qual é o futuro dos negócios digitais pós-crise? Como as empresas devem se comportar no mundo digital? Quais são as tendências do mundo pós-crise? São perguntas pertinentes, que devemos nos fazer e buscar as melhores respostas para aplicá-las nos nossos negócios.
Afinal, o futuro dos negócios digitais pós-crise vai influenciar diretamente em cada empreendimento, seja ele qual for.
Tempos de crises são sempre muito difíceis de atravessar, causam perdas e prejuízos, mas também são excelentes oportunidades de crescimento, de aprendizado e de inovação. Há sempre um legado, e no mínimo a gente sai de uma crise mais forte. É preciso estar atento aos sinais, às tendências e se preparar para o futuro dos negócios digitais, porque o futuro já é amanhã!
Os pequenos negócios e o mundo digital
Não há dúvida que os pequenos negócios também precisarão migrar para o mundo digital. Milhares de negócios que não conseguiram migrar para a internet, ao longo da pandemia do novo coronavírus, estão quebrando, ao passo que aqueles que conseguiram ter uma resposta mais imediata, transferindo-se para o mundo digital, se reinventaram, estão se mantendo e, muitas vezes, até se expandiram como um negócio digital.
Pequenos restaurantes espalhados por todo o mundo são a prova disso. Acostumados a atender uma clientela básica, precisaram se reinventar, apostar no delivery e ocupar as redes sociais para divulgar suas opções de refeições. Mesmo sem experiência, estão dando conta do recado, com muito trabalho e dedicação. Não há dúvidas de que estão ganhando novos clientes e fortalecendo sua marca.
Presença obrigatória
A presença das empresas no mundo digital é uma realidade. Há tempos que deixou de ser um diferencial, passando a ser obrigatória (no sentido de sua sobrevivência). Em isolamento social e cumprindo o lockdown, as pessoas precisam fazer suas compras pela internet, e mesmo quem tinha resistência a essa modalidade de comércio passaram a comprar pelo computador ou pelo smartphone, aumentando exponencialmente a base de clientes do e-commerce.
Essas mesmas pessoas também passaram a papear utilizando a câmera do celular, consultar o extrato do banco de suas próprias casas, fizeram download de joguinhos e aplicativos, e isso significa que o mundo está mais digital do que nunca. Qual empresa pode se dar ao luxo de ficar fora disso? Os negócios digitais são a nossa maior realidade.
As tendências pós-Covid 19
A crise provocada pelo novo coronavírus é algo muito novo para todos nós. Jamais vivemos uma experiência semelhante, com isolamento social e lockdown no mundo inteiro. Juntos, estamos aprendendo a lidar com essa nova realidade.
Algumas tendências já se alinham e se tornam evidentes:
- Faça você mesmo: As pessoas estão aprendendo a cozinhar por necessidade, e isso é um comportamento que vai ficar pós-crise. É o que os especialistas chamam de DIY (em inglês do it yourself, ou faça você mesmo). Para se ter uma ideia, segundo a consultoria Nielsen as vendas de fermento aumentaram cerca de 650% em uma semana de pandemia se comparado ao mesmo período do ano anterior. Muitas mulheres também estão pintando seus cabelos e suas unhas sozinhas, e é certo que muitas passarão a adotar esse comportando daqui por diante. A venda de bens de consumo massivo vai crescer daqui por diante.
- Transações bancárias online: Mais do que nunca, os aplicativos financeiros estão sendo utilizados, vencendo a barreira do medo e da desconfiança de muitas pessoas. E quem tem expertise no mundo digital, em negócios digitais financeiros, sai na frente. É o caso das fintechs. Muitas pessoas físicas e pequenas empresas estão recorrendo a elas para tomar empréstimos menos custos e mais simples de gerir. A transformação digital é uma realidade.
- Home office já é uma realidade: Por necessidade, o home office foi adotado no mundo todo, e vai permanecer como uma forma produtiva de trabalho, eliminando custos das empresas e permitindo uma melhor qualidade de vida para os trabalhadores. Todos ganham!
- Uso de câmeras para teleconferências: A telemedicina ainda andava a passos lentos no Brasil antes da pandemia, mas passou a ser utilizada em larga escala por médicos, nutricionistas e psicólogos, entre outros. Reuniões online também serão uma realidade cada vez mais forte. A Zoom Video Communications teve uma alta de 60%, mesmo diante dos péssimos resultados da Bolsa de valores. Ao se lançar no mercado de ações em abril de 2019, os papéis da startup norte-americana que organiza reuniões online valiam US$ 36,00. Em 5 de março, chegaram a valer US$ 125,00, estabilizando, depois, em US$ 109,47.
Os negócios serão mais digitais do que nunca
Os especialistas dizem que o consumidor também não será o mesmo após a pandemia da Covid 19. Ele estará muito mais exigente, conectado, optando mais por negócios digitais, em busca de preços mais vantajosos (e não apenas mais baixos), querem mais agilidade e flexibilidade e saberão utilizar mais o seu poder de decisão de compra. Em tese, gêneros de primeira necessidade ganharão força e o mercado de consumo não prioritário vai apresentar quedas consistentes em função de um consumo mais consciente.
O futuro dos negócios digitais pós-crise é uma porta aberta ao empreendedorismo digital: os negócios serão mais digitais do que nunca. As empresas já estão tendo que se reinventar, e a base dessa nova forma de chegar ao público consumidor passa necessariamente pelo mundo digital. Você pode se tornar um apoiador do momento, abrir uma agência de lançamentos de infoprodutos.
Muitos estão enfrentando a crise de pé, se apoiando na internet, mas não há dúvidas de que isso se tornará padrão após a crise. Isso será uma exigência dos consumidores, é lá que eles estarão para fazer suas compras. Tal situação já estava acontecendo de uma forma muito ampla na área de transportes: aplicativos como a Uber ganharam o mercado e ao taxista não restou alternativa senão aderir ao mundo digital para sobreviver.
Futuro dos negócios digitais: cursos online
O isolamento social deixou, segundo a Unesco, 1,5 bilhão de estudantes sem aulas em todo o mundo. É um número avassalador, porque representa mais de 90% de todos os alunos do mundo. As escolas que têm recursos adotaram as aulas online, e isso está reforçando uma tendência que veio para ficar: o EAD (ensino a distância).
Não há dúvidas de que é um mercado que vai crescer exponencialmente! Em 2018, portanto há dois anos, o números de vagas oferecidas EAD no Brasil já era maior do que as de ensino presencial: eram 7,1 milhões de vagas para ensino online e 6,4 milhões de vagas para o ensino tradicional. Havia mais alunos em sala de aula física, é verdade, mas a oferta é crescente, bem como a demanda. De 2017 para 2018, os números de ofertas de cursos EAD cresceram 50,7%. Em 2018, eram mais de nove milhões de estudantes à distância.
Futuro dos negócios digitais: E-commerce
O e-commerce já vem observando números cada vez maiores no mundo todo, mas ganhou ainda maior relevância com a pandemia. Muitas pessoas que jamais haviam comprado de forma online o fizeram por necessidade, e vão tornar isso um hábito, aumentando ainda mais a base de clientes do comércio eletrônico.
De acordo com a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABCcom), durante o isolamento social o e-commerce no país cresceu em torno de 30%, mas na área da saúde as vendas online saltaram em torno de 180%. Os setores que mais têm se destacado são de medicamentos e produtos farmacêuticos, itens de supermercado e alimentação (restaurantes, padarias e afins).
As atividades mais fortes em volume de pedidos até a crise da pandemia, eram: moda e acessórios, eletrodomésticos, livros, saúde/cosméticos/perfumaria, telefonia celular, casa e decoração e informática. Em 2018, o comércio eletrônico nacional faturou R$ 53,2 bilhões, e, segundo a Ebit/Nielsen, 2019 deve fechar com um crescimento de 15%.
Futuro dos negócios digitais: as fintechs
O futuro da área financeira está sorrindo para as fintechs. São startups que inovam e otimizam os serviços financeiros, têm custos operacionais muito mais baixos e, por isso, oferecem produtos com taxas muito mais competitivas. Um estudo da MindMiners mostra que em 2017 somente 25% dos entrevistados de uma pesquisa utilizavam serviços de uma fintech, número esse que pulou para 55% em 2019.
As fintechs vieram para ficar. E vão conquistar uma fatia cada vez maior do mercado. Elas oferecem tarifas baixas, um atendimento diferenciado e menos burocracia em suas operações. Tudo isso de forma online, se transformando em um excelente negócio digital.
A pesquisa revelou que 47% dos entrevistados acham que as fintechs superam os bancos tradicionais e que 87% dos clientes bancários estariam dispostos a testar os serviços de uma startup financeira.
Com o crescimento da base de clientes do e-commerce e o maior uso da internet para compras, não há dúvidas de que esse crescimento também acontecerá na área financeira, com consequente fortalecimento das fintechs.
Futuro dos negócios digitais: marketing de conteúdo
O marketing digital é uma realidade e as empresas que não o utilizam estão fadadas ao insucesso. O crescimento do marketing de conteúdo – uma das mais poderosas ferramentas do marketing digital – é notório e absolutamente relevante durante a crise da pandemia, porque é por meio dele que as empresas estão conseguindo acessar seus clientes.
A produção de marketing de conteúdo vai crescer assustadoramente, disso nenhum especialista tem dúvida. E as agências que trabalham com desenvolvimento de conteúdo, ganharão impulso e mais mercado. As redes sociais já têm enorme relevância na divulgação das empresas, e este quadro se intensifica ainda mais no futuro dos negócios digitais pós-crise.
Futuro dos negócios digitais: marketplaces
Verdadeiros shoppings online, os marketplaces saem fortalecidos e são presença certa e de destaque no futuro dos negócios digitais pós-crise. São as grandes lojas, como o Mercado Livre e a Americanas.com, por exemplo, que trabalham com um sem número de fornecedores e cujas operações estão em crescimento neste período de crise.
Os marketplaces têm sido a salvação para muitos negócios online, que precisaram se reinventar, não tinham experiência alguma em negócios digitais, mas queriam migrar para a internet sem a necessidades de grandes investimentos. E quem foi não se arrependeu.
Os sites de marketplaces ganham comissão pelas vendas, engordando seus lucros, mas entregam clientes e vendas para seus fornecedores. É uma troca justa. Os marketplaces faturaram R$ 17,6 bilhões no primeiro semestre de 2019. No período foram 36 milhões de pedidos, 27% a mais do que em 2018.
O seu contador tem a ver com o mundo digital?
Tem tudo a ver, ainda que ele não seja um especialista em internet. Mas é em números, e na contabilidade moderna a assessoria contábil é utilizada para a tomada de decisões gerenciais. Já foi o tempo que o contador cuidava apenas da legalização da empresa, do pró-labore dos sócios e do registro do contrato social.
O contador terá um papel fundamental no seu negócio, apontando caminhos, utilizando os números como indicativos e apresentando ao empresário, por meio de modernas ferramentas, um verdadeiro raio-x da saúde financeira da empresa.
Nos desafios que o futuro dos negócios digitais pós-crise apresentam o contador tem papel fundamental, como um assessor e conselheiro, ajudando nas tomadas de decisões gerenciais e na pavimentação do caminho do sucesso.
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