Todo empreendedor acorda e vai dormir pensando em como cortar custos, vender mais e aumentar o seu faturamento. Realizar uma eficiente e rigorosa gestão dos custos da empresa é fundamental para o sucesso de qualquer negócio, por isso é importante entender a diferença entre custo fixo e custo variável.
O que é custo fixo? O que é custo variável? Por que é importante identificar e classificar corretamente os custos na empresa? São respostas importantes para se alcançar uma melhor gestão de custos. Atualmente não basta vender muito para alcançar bons lucros: é preciso vender bem. E uma boa venda passa necessariamente pelo controle dos custos fixos e custos variáveis, entre outras atitudes gerenciais.
O que é custo fixo
Não é uma regra fixa, mas em geral empresas que apresentam uma alta taxa de rentabilidade têm um custo fixo reduzido e muito bem administrado. A rentabilidade é um conceito muito importante para medir o sucesso de um negócio: trata-se do resultado da empresa calculado sobre o percentual de remuneração do capital investido.
Mas e o custo fixo nisso tudo? Custo fixo é o custo que não sofre variação, independente do quanto uma empresa produziu naquele mês. Ou seja, é o custo que se repete mensalmente, não importando, por exemplo, se uma pequena fábrica produziu cinco mil ou dez mil bolos naquele período.
Os custos fixos não dependem do volume de produção da empresa, seja ela uma prestadora de serviços ou um comércio, seja uma Eireli ou uma sociedade limitada, seja numa MEI ou uma microempresa. Quanto menor e mais bem administrado o custo fixo, mais chances a empresa tem de alcançar uma melhor rentabilidade. Afinal, independente do seu faturamento, todo mês ela terá aquele conjunto de gastos.
Exemplos de custo fixo em uma empresa
- Aluguel (mesmo que varie anualmente por conta do reajusta contratual);
- Material de limpeza;
- Taxa de condomínio (ainda que possa haver eventualmente uma taxa extra);
- Gastos com segurança;
- Pró-labore dos sócios;
- Salários dos funcionários.
O que é custo variável
Diferente do custo fixo, o custo variável não é estático. Como o próprio nome sugere, esse custo vai apresentar flutuação de acordo com a produção da empresa. O custo variável pode ser até igual mês a mês, se analisado por unidade produzida. Mas mensalmente vai variar quando houver variação da produção.
O custo variável da produção de cinco mil bolos será, portanto, diferença do custo variável de dez mil bolos. Ou seja, o custo variável vai crescer á medida que a empresa vender mais.
Em geral, uma alta no custo variável indica um aumento de produção e, consequentemente, melhores resultados nas vendas. Isso não é uma regra porque uma empresa pode aumentar sua produção de máscaras de carnaval, por exemplo, mas ver o produto encalhado nas prateleiras.
Exemplos de custo variável em uma empresa
- Compra de matéria prima;
- Custo de combustível:
- Energia Elétrica;
- Pagamento de hora extra;
- Comissão sobre vendas.
Por que é importante identificar e classificar corretamente os custos de uma empresa?
As definições de custo fixo e custo variável são evidentes, como você já pôde perceber. Mas o que vai determinar suas classificações é o próprio negócio, e como ele funciona. Os impostos são custos fixos ou variáveis? Se a empresa tem um faturamento bem retilíneo, os custos serão fixos. Mas se seus resultados apresentam oscilações, os valores dos impostos, como ISS, Cofins e Imposto de Renda, mudarão sistematicamente.
O custo da empresa naturalmente é a soma dos custos fixos e dos custos variáveis. Mas identificar e classificar corretamente os custos fixos e os custos variáveis é muito importante para a saúde financeira da empresa. Quando os custos são bem administrados, os resultados consequentemente melhoram. E para administrá-los da melhor forma possível é preciso conhecê-los, certo?
Um bom planejamento financeiro parte, inicialmente, da classificação dos custos. Uma produção maior faz com que os custos fixos tenham um menor impacto sobre o preço do produto. Um custo fixo muito alto, por sua vez, pode “encarecer” o preço do produto, tornando a empresa menos competitiva.
Ao separar e classificar os custos, fica mais fácil de controlá-los. E ajuda na tomada de decisões gerenciais que irão impactar nos resultados. Um exemplo: uma sorveteria vende muito mais no verão, sua produção nessa época do ano será muito maior e isso impactará fortemente no custo variável. É preciso se planejar para ter dinheiro em caixa e honrar os compromissos assumidos.
A diferença entre custo e despesa
Definir isso também é importante em todo esse contexto. Os custos são os gastos que o empreendimento tem nas atividades diretamente ligadas à sua produção. Já os gastos administrativos são considerados despesas. Em um planejamento estratégico para diminuição de gastos é fundamental definir o que é custo fixo, o que é custo variável e o que é despesa.
Como cortar custos em uma empresa?
É sempre bom lembrar que o corte de custos, se mal feito, pode trazer consequências nefastas para a empresa. Comprar uma matéria prima de baixa qualidade, ainda que muito mais barata do que a utilizada pela empresa, pode se transformar em um tiro no pé, com a insatisfação e perda de clientes.
No caso dos custos variáveis, fica mais difícil promover cortes porque eles estão ligados diretamente ao aumento da produção. Como comprar menos matéria prima se você precisa aumentar a produção?
É possível, no entanto, elaborar um estudo em busca de cortes de custo. Corte de gastos desnecessários sempre são bem-vindos, e eliminar o desperdício é uma obrigação de toda empresa.
Pode-se fazer economias importantes na compra de material de expediente e de limpeza, de papel, de energia elétrica, na adoção de banco de horas ao invés da hora extra liberada, entre outros custos. A área que melhor faz esse trabalho é a controladoria, e caso não exista em sua empresa o maior aliado para realizar esse trabalho poderá ser o seu contador.
Você faz gestão de custos no seu negócio?
Controlar os custos torna a empresa muito mais competitiva e lucrativa, e isso faz toda a diferença. Conhecer os custos da empresa é o primeiro passo para uma boa gestão financeira que, por sua vez, é o primeiro passo para se alcançar o lucro.
Ou seja, fazer uma gestão de custos é fundamental para todo negócio. Os custos não significam apenas gastos. Eles vão interferir diretamente no preço do produto, afinal é preciso alcançar o lucro. Se mal dimensionados, a precificação é prejudicada e, consequentemente, os resultados finais também.
Estabelecer controles e metas é muito importante para uma boa gestão de custos. Analisar corretamente os custos, também. Tomar decisões gerenciais a partir destes controles, metas e análises é urgente.
Se for o seu caso, conheça 4 dicas para pagar as dívidas da sua empresa.
A contabilidade pode ajudar no controle dos custos
Definitivamente, sim! Relatórios contábeis são ferramentas indispensáveis para se alcançar uma visão completa da saúde financeira da empresa e, assim, tomar decisões gerenciais.
Já foi o tempo que a assessoria contábil se limitava a questões burocráticas, como registrar um contrato social, gerar boletos de impostos e fazer o balanço patrimonial. Hoje, a contabilidade moderna vai muito além, assessorando o empresário de forma profunda e dirigida.
O contador conta com ferramentas modernas, além de métricas, para ajudar na tomada de decisões em busca de melhores resultados. Ele oferece todo apoio necessário para uma melhor gestão financeira, funcionando como uma assessoria especializada. O contador é mais do que um assessor, é um conselheiro pronto para colaborar decisivamente para o crescimento do seu negócio.